domingo, 10 de julho de 2016

Uma teoria libertária sobre a livre imigração

Uma teoria libertária sobre a livre imigração: Os problemas gerados pela livre imigração de seres humanos frequentemente levam a situações de confusão entre os teoristas libertários e os demais defensores da liberdade. A doutrina libertária tradicionalmente se declara, sem ressalvas, a favor do princípio da completa liberdade de emigração e imigração. Essa posição se baseia no reconhecimento de que fronteiras -- meras linhas políticas imaginárias -- representam um flagrante ato de intervencionismo e coerção institucional da parte do estado, o que frequentemente tende a afetar, ou até mesmo proibir, a livre movimentação de seres humanos. Adicionalmente, várias leis de imigração e vários mecanismos de controles de fronteiras surgem como resultado da ação política de grupos de interesse privilegiados, como os sindicatos, os quais se esforçam para restringir a oferta de mão-de-obra com o intuito de artificialmente elevar os salários. Na medida em que essas regras intervencionistas sobre a emigração e a imigração afetam ou impedem acordos voluntárias firmados entre ambos os lados (nativos e estrangeiros), não há dúvidas de que eles violam os princípios básicos que deveriam governar toda e qualquer sociedade libertária. Entretanto, e embora isso pareça paradoxal, as ações subversivas do estado não se manifestam somente na obstrução da livre movimentação de pessoas; o estado muitas vezes também age com o intuito de fazer uma integração forçada entre certos grupos de pessoas e os nativos de um determinado estado ou região, contra a vontade destes. Essa ação coerciva do estado ocorre tanto intranacionalmente quanto internacionalmente.

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