terça-feira, 13 de dezembro de 2016

A economia brasileira - um resumo de final de ano

A economia brasileira - um resumo de final de ano: O ano de 2012 certamente já tem seu lugar garantido na história econômica brasileira: foi o ano em que o governo mais exacerbou suas intervenções na economia. Pela lógica desenvolvimentista, todo o intervencionismo em conjunto com a enorme desvalorização cambial e toda aquela cornucópia de medidas protecionistas deveriam ter colocado a indústria em estado de extrema pujança. E o que houve? Tanto a produção industrial quanto o emprego na indústria caíram em relação ao ano passado. Trata-se de mais um exemplo da arrogância fatal de burocratas e planejadores que juram saber exatamente como os indivíduos irão reagir em decorrência de suas intervenções no mercado. Para eles, empreendedores e consumidores padecem do condicionamento clássico do cão de Pavlov: estão sempre prontos a agir estritamente de acordo com estímulos recebidos do governo. Porém, quando o plano dá errado e tudo sai exatamente ao contrário do planejado, em vez de humildemente reconhecerem o erro e reverterem suas intervenções, eles simplesmente dizem, com toda a arrogância, que o que fizeram foi certo mas insuficiente, de modo que mais estímulos se fazem necessários. O atual governo Dilma, o qual reinstituiu a figura do czar da economia -- Guido Mantega é, ao mesmo tempo, Ministro da Fazenda, presidente do Banco Central, ministro do Planejamento e ministro do Desenvolvimento -- já é, sem rivais, o mais intervencionista desde a criação do real. Ela conseguiu a façanha de fazer seu antecessor parecer um moderado.

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