terça-feira, 13 de dezembro de 2016

O brasileiro foi às ruas e gostou - mas continua sem entender nada

O brasileiro foi às ruas e gostou - mas continua sem entender nada: Há desde libertários pedindo redução de impostos, livre concorrência e desregulamentações a grupos comunistas pedindo a estatização geral do transporte público. Há grupos que fecham estradas pedindo a construção de viadutos, a instalação de lombadas eletrônicas e o barateamento do sistema de transportes, e há grupos que fecham avenidas exigindo maiores salários para professores e médicos, e mais recursos direcionados para a saúde e a educação. Há estudantes universitários pedindo mais bolsas e um maior valor para as bolsas, e há professores universitários querendo que seus salários sejam equiparados aos dos professores das universidades de ponta. Há alienados que manifestam apenas pelo prazer de segurar um cartaz e gritar refrões bacanas e há espertalhões que utilizam estes alienados para aumentar o coro em prol de suas reivindicações. A esmagadora maioria clama pelo fim da corrupção e por mais e melhores serviços públicos, o que inclui transporte público, gratuito e de qualidade, o que é equivalente a um círculo triangular. E, até o momento, a vitória tem estado majoritariamente do lado estatista: os governadores do Rio Grande do Sul (Tarso Genro, do PT) e de Goiás (Marconi Perillo, do PSDB) acabam de anunciar o passe livre estudantil, o que significa que os pobres agora pagarão pelo transporte de universitários. Já o senador Renan Calheiros, ávido por melhorar sua reputação perante a esquerda estudantil, foi ainda mais longe e aprovou em regime de urgência a votação da proposta de passe livre estudantil para simplesmente todo o país. Basta o Senado aprovar e a estrovenga estará implementada. O PLS 248/2013 assegura gratuidade no sistema de transporte público coletivo local a estudantes do ensino fundamental, médio ou superior regularmente matriculados e com frequência comprovada em instituição pública ou privada. Antes disso, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado já havia aprovado uma PEC que classifica o transporte como um direito social.

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