terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Uma breve história do Plano Real, aos seus 18 anos

Uma breve história do Plano Real, aos seus 18 anos: Gustavo Franco, um dos principais mentores do Plano Real Vários planos heterodoxos já haviam sido tentados desde meados da década de 1980: Plano Cruzado (I e II) em 1986; Plano Bresser em 1987; Plano Verão em 1988/1989; e Plano Collor (I e II) em 1990 e 1991, respectivamente. Todos envolviam congelamento de preços (alguns deles, cortes de zeros das moedas). O governo congelava os preços, mas continuava imprimindo dinheiro impavidamente, o que significa que os geniais burocratas restringiam a oferta mas estimulavam a demanda. Ao final de cada plano, a inflação de preços ressurgia com vigor redobrado. E ninguém entendia por quê. Em maio de 1993, partindo para o tudo ou nada, Itamar Franco nomeou Fernando Henrique Cardoso -- então Ministro das Relações Exteriores -- para o Ministério da Fazenda. Naquele mês, a inflação de preços acumulada em 12 meses já estava em 1.348%. Por gozar de grande prestígio e por ter reconhecida capacidade intelectual, a indicação de FHC foi recebida com entusiasmo. Vislumbrava-se pela primeira vez alguém com genuína capacidade de apresentar um plano econômico que ao menos reduzisse sensivelmente a inflação. Embora sempre houvesse admitido não entender nada de economia, Fernando Henrique ao menos possuía bons contatos no mundo acadêmico, principalmente junto a um grupo de economistas da PUC do Rio de Janeiro. E foi a eles que FHC delegou a tarefa de debelar em definitivo a inflação. A equipe de economistas encarregada desta espinhosa função era composta por Gustavo Franco, Pedro Malan, André Lara Resende, Persio Arida, Edmar Bacha e Winston Fritsch.

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