quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

O que fazer em caso de quebras bancárias generalizadas?

O que fazer em caso de quebras bancárias generalizadas?: Um leitor envia a seguinte pergunta a respeito do colapso bancário da Islândia: Tenho uma dúvida que gostaria que dirimisse com um artigo no sítio. É sobre a falência da Islândia na crise de 2008. Li que os 3 bancos do país que operavam mui alavancados foram à falência. E como quase 100% da população tinha conta nos 3 bancos em simultâneo, o país quebrou. Quando os bancos se tornaram insolventes, o dinheiro de cada islandês derreteu. Então os bancos foram nacionalizados. Eu gostaria de uma explicação acerca de como agir nesta situação sem apelar para intervenção. Sei que não permitir o ajuste consequente a um crack é apenas adiá-lo. Mas não consigo visualizar como proceder sem imprimir dinheiro e nacionalizar os bancos, pois de uma hora para outra o dinheiro islandês deixou de existir. Os bancos não podiam restituir os depósitos, e isto foi generalizado a todo um país. Já entendo que estas intervenções vão gerar mais do mesmo, mas não estou conseguindo aplicar o individualismo metodológico a esta questão em particular. Espero que isto renda um bom artigo para o sítio. Atenciosamente, Pedro Ivo. O interessante do caso da Islândia é que se trata de um exemplo prático completo da teoria dos ciclos econômicos: um sistema bancário de reservas fracionárias, operando sob a proteção de um banco central, expande acentuadamente a oferta monetária; isso gera uma grande expansão da economia; vários investimentos errôneos são empreendidos; a inflação de preços começa a incomodar; os juros sobem; investidores começam a sacar dinheiro; há uma contração da oferta monetária; a contração da oferta monetária gera não apenas uma recessão como também faz com que todos os bancos do país vão à falência; consequentemente, grande parte do dinheiro literalmente some da economia; o país entra em uma severa depressão. No caso da Islândia, o contágio foi geral. Os três principais bancos do país quebraram. (É como se o Bradesco, o Itaú e o Banco do Brasil quebrassem). Um ciclo econômico levado ao seu extremo, com todos os seus elementos característicos: um aparentemente forte crescimento econômico seguido de quebras bancárias pirotécnicas, deflação monetária e depressão severa. O que fazer nesse caso extremo?

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